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domingo, 15 de setembro de 2013

Capítulo 15 - O Campeonato

Jake e Mary, http://jakeemary.blogspot.com, Cris Henriques, surf
Foto de Cris Henriques



Capítulo 15


O Campeonato



Três dias mais tarde, levantei-me muito animado. Durante 3 dias teríamos na Praia de Huntington o 8º Campeonato de Surf, que se realizava anualmente. Este era um evento muito popular na região, Huntington enchia-se sempre com turistas dos quatro cantos do mundo, principalmente, de Países como: Austrália, Nova Zelândia, Havai e Taiti. Uns compareciam como participantes, outros como apoiantes e espectadores.


Em tempos, não muito longínquos, também eu fora um espectador assíduo. Porém, a situação mudara e actualmente, ao invés de mais um espectador, hoje seria um participante.

Finalmente! O dia com o qual tanto havia sonhado chegara. O dia pelo qual tanto tinha treinado, era hoje. Hoje! Ansiedade, já não sentia, muito menos nervosismo. A prática diária de meditação, ensinara-me a apaziguar esse sentimento. Sentia-me tranquilo, calmo e feliz, pois estava a concretizar um sonho. Não me preocupava com possíveis vitórias, ou com derrotas. O importante para mim, era participar.

Pontualmente, dirigi-me para a praia para inscrever-me e participar na primeira prova. Andy, inscreveu-me em todas elas. Na sua óptica de treinador, estava apto para tudo. Minutos antes de começar o campeonato, chamou-me à parte para me dar instruções, dicas, apoiar, estimular as minhas capacidades e lembrar-me de alguns conceitos. Não falou apenas como treinador, não. Agora, falava-me como um Pai que auxilia seu filho.

─ Filho, se por acaso em algum momento durante as provas te sentires nervoso, ou ansioso, sabes o que fazer para te tranquilizares?

─ Sim, sei, Andy. Devo inspirar e expirar fundo. ─ Era-me ainda estranho, tratar Andy por “Pai”, por isso chamava-o pelo nome. Precisava de algum tempo para me acostumar à nova ideia. Ele compreendia sem insistir. Mas tal como ele dizia e me ensinara ao longo das aulas de surf, o tempo curava tudo naturalmente, desde que aceitasse-mos o nosso destino e nesta situação, seria assim.

─ Lembra-te, Jake, tu fazes parte do mar. Ele e tu são unos. Somos seres que outrora pertenceu ao mar. Não és tu quem escolhe a onda perfeita e sim, é ela quem te escolhe e avança para ti.

─ Obrigado, por me ajudares em tudo quanto sei. Estou-te muito grato. Acredita nisto que te vou dizer, foi muito generoso da tua parte ensinares-me a surfar, afinal, mexer com isto deve lembrar-te da cena do tubarão. Estou-te muito agradecido, Andy... Desculpa, ainda estou a acostumar-me à ideia de seres meu Pai. ─ Disse a sorrir.

─ Não faz mal, eu compreendo, Jake. Tudo a seu tempo. Sabes, antes de me propor para treinar, pensei seriamente no assunto. Sem saber porquê, sentia que tinha de ajudar-te. Só agora percebo que inconscientemente o que fiz, foi por seres meu filho. Foi por isso, com certeza que abri uma excepção. Então, lembrei-me que podia ensinar-te as técnicas de surf aqui na areia da praia, sem ter de entrar propriamente no mar. E sabes que mais? Valeu a pena cada momento. Espero que consigas concretizar o teu sonho, filho.

─ Estar presente na competição, era o meu sonho. Tudo o que vier a seguir, será por puro acréscimo.

Ao microfone, o apresentador do evento nomeou cada concorrente, estabeleceu as regras, explicou como seria a execução das provas e de como se atribuiriam as pontuações. Deu então início à primeira ronda de provas, que estaria dividida em duas, devido ao elevado número de participantes. Como os concorrentes eram chamados na primeira prova por ordem alfabética, por ainda não termos pontuação, eu só iria participar na segunda ronda da primeira prova.

Olhei à minha volta procurando a minha amada por entre o público. Vi a minha Mãe, que estava ao lado dos meus tios e primos, assim como, alguns amigos e colegas de escola que me acenavam. Todos estavam ali para me apoiar, com excepção de Mary e de Mike.

─ E Mary, não vem? ─ Indagou Andy.

─ Vem com Mike. Devem ter-se atrasado.

─ Habitua-te, as mulheres são mesmo assim. ─ Tranquilizou-me um colega que vinha de Venice.

─ Yeah! É típico delas, meu! ─ Respondeu outro da Austrália.

─ Eles têm razão, não te preocupes que eles vêm. ─ Respondeu Andy.

A primeira ronda da prova estava a terminar, a seguir era eu. Olhei novamente e nada, nem sinal deles.

─ E agora, para a 2ª ronda da prova chamo os concorrentes: J. J. Turner; de Venice e com o número 21, Tommy Storm; da Austrália e com o número 22… ─ chamou o apresentador lendo a lista, até que chegou ao meu nome ─ …com o número 29, um filho da terra, Jake O’Malley… ─ corri igualmente para a beira da água, seguindo o exemplo dos meus colegas, sem olhar mais para o público para procurar Mary. Agora não podia pensar na estranha ausência dela. Precisava concentrar-me na prova.

O meu coração batia, apressado e ansioso. Olhei para o céu fazendo uma oração, pedindo ajuda para me concentrar, inspirando e expirando fundo, remando e remando rapidamente, até que vi a minha onda e a apanhei. Era enorme e arrisquei subir para a crista, pondo-me de pé, dropando por ela abaixo tranquilamente. As pessoas aplaudiram entusiasmadas, pois cheguei à beira da praia em pé, obtendo o máximo da pontuação.

Já na praia, olhei procurando Mary e vi o Mike, que me estava a acenar. Respondi aos acenos sorrindo e pensei que alguma coisa de muito sério havia realmente acontecido, até porque estava tudo bem entre nós. Na noite anterior tínhamos estado juntos e combinamos que, após o campeonato de surf, contaríamos aos nossos pais e ficaríamos noivos.

─ Amanhã vais ver-me? ─ Perguntei-lhe na praia ao luar.

─ Isso pergunta-se?! Claro que vou, Amor. Vais concretizar o teu sonho.

─ Não é “o” meu sonho, mas sim “um” dos meus sonhos.

─ Ai é?

─ Claro, Mary, este não é o meu sonho principal, não é o número 1.

─ Não?!

─ Nop, não é. ─ Respondi negativamente, parando a caminhada e olhei-a nos olhos. ─ O meu sonho número 1, és tu: Mary Levy.

─ E tu és o meu, Jake “O Destemido” O’Malley Moore.

─ Amo-te. ─ E declarando uma vez mais o meu amor, abracei-a pela cintura. Ela enlaçou o meu pescoço, puxando-me para si e ofereceu-me os seus lábios entreabertos, que eu beijei apaixonadamente.

Entretanto, como já era tarde, acompanhei-a a casa. Na despedida, ela disse que ia com o seu primo, o Mike, o meu melhor amigo e depois fui para a minha casa também.

“Portanto e recapitulando, estava tudo bem. Sendo assim, porque não veio? Porque é que Mike está sozinho??”, interrogava-me pensativo, tentando compreender. O que teria acontecido com Mary?
 
CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO...
(Próximo Capítulo a Publicar: Domingo, dia 22 de Setembro de 2013)

5 comentários :

  1. Olá Hiéli!

    Sê bem-vinda ao blog/livro Jake e Mary, uma apaixonante e envolvente história de amor.

    Volta sempre!

    Beijos

    ResponderEliminar
  2. Oi Cris :)
    Fiquei curiosa,assim como o Jake,
    afinal cadê Mary?!
    Domingo saberemos!
    Bjs.
    Ah,muito legal sua entrevista no blog da Patricia!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Olá Clau, minha amiga!

      Estou a escrever já o próximo capítulo. Comecei mais cedo, para estruturar bem a história.
      Tentarei publicar o capítulo 16 na madrugada de domingo.
      Obrigada pelo carinho e fico contente por teres gostado da entrevista.

      Beijos

      Eliminar
  3. Ta ficando esperta sempre deixando o melhor pra semana que vem, que será que houve? ....to curiosa demais Cris...

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Olá amiga e madrinha.

      Jake está triste com Mary, que não apareceu porque...
      ???
      Bem, estou a escrever o porquê dela faltar.
      Domingo, todos irão compreender o motivo.
      Obrigada pelo apoio.

      Beijinhos

      Eliminar

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